sexta-feira, 14 de junho de 2013

Movimente-se, Brasil!

É impossível me calar frente ao que está acontecendo nesse país nas últimas semanas. Ruas interditadas, policiais descontrolados, objetos e locais destruídos e o povo fora de casa. Foque nessa última frase: o povo fora de casa. Há quanto tempo o Brasil não via uma mobilização dessas proporções, dessa intensidade? Há muitos anos, no mínimo. E por quê? Será que o problema é mesmo os 20 centavos? Até poderia ser. O que parece um incomodo troco para alguns pode mudar e muito a vida de outros menos favorecidos financeiramente. Afinal, em 20 e 20 centavos, compra-se uma nova passagem. E as melhoras no transporte público? Elas estão acontecendo para justificar esse aumento? Não, infelizmente não. Pelo menos não na velocidade que deveriam. É verdade que existem planos para o aumento da quantidade de linhas do metrô de São Paulo, mas onde estão as obras? Onde estão as perspectivas? Provavelmente em uma pasta surrada no fundo da gaveta de algum político. Então o que a população ganha em troca dos 20 centavos a mais?
Contudo a manifestação não se fecha apenas nessa pauta. Existem muitas outras coisas por trás. Obviamente que o aumento foi o estopim da grande mobilização, porém o brasileiro já estava revoltado com a falta de segurança, de saúde e de educação, direitos esses não concedidos em sua plenitude pelos governantes, e infelizmente cada vez mais degradados. Resta a população sair as ruas e mostrar toda a sua indignação frente a calamidade em que estamos vivendo, seja gritando e cantando músicas de protesto, seja destruindo e pichando muros. Mas é necessária toda essa depredação? Infelizmente, sim. Sim pelo simples fato de que, se ela não acontecesse, as mídias e o restante da população não abriria os olhos para o protesto. Até que ponto as manifestações teriam a mesma repercussão, não só no âmbito nacional como global, sem as depredações de ônibus, metrôs e ruas? Provavelmente seriam mais uma marcha qualquer na Paulista, que "só serve para parar o transito". E por que quando esse tipo de evento ocorre em outros países  o Brasil todo fica admirado pela força popular internacional, mas quando o barulho é na própria terra é visto como vandalismo por alguns? Não da para entender, não faz sentido. Pior ainda são aqueles a favor da força ultra repressora da policia militar que, nos últimos protestos, andou perdendo a razão. Até mesmo quando os manifestantes pediam por um protesto sem violência, a policia os tratava como verdadeiros bandidos. Como uma grande quadrilha. Não só manifestantes saem machucados desse confronto como também repórteres e cinegrafistas. Acho que tem gente que parou a mente na ditadura militar. E, se me permitem, deviam ter deixado o restante do corpo lá também.
Os políticos encontram-se em uma encruzilhada: ou manter o preço da passagem em absurdos R$3,20 e continuar passando uma imagem de violência e depredação para o restante do mundo em vésperas de Copa, ou diminuir o preço para o valor original ou menor e abrir as portas para a população continuar a se manifestar desse modo para o restante dos problemas. A melhor opção para o Brasil está mais do que clara. Resta a população continuar com todas as suas forças até o limite, para ver se, de uma vez por todas, o país vai verdadeiramente para frente.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Um Carnaval em Santiago do Chile

Depois de muito esforço, horas mal dormidas, surtos inesperados e um choro desesperado ao ver a lista da FUVEST, fico muito mais do que feliz em dizer que: FUI APROVADA!
E nada melhor do que fazer uma viagem curta, porém interessante, para poder relaxar. O destino foi a capital chilena, Santiago, que mesmo no tão esperado feriado carnavalesco, estava lotada de brasileiros. Para variar, fui para o Chile "fora da estação", pois não estava frio e muito menos nevando. O Sol estava insuportavelmente quente, ao ponto de me deixar queimada e descascada ao longo dos dias (situação que não acontecia há uns cinco anos pelo menos). Meu pai tem essa mania, sabe, de querer viajar no sentido contrário da maioria. Se as pessoas vão para a Disney em Julho, nós vamos em Janeiro. Se vão para o Chile esquiar, nós vamos pegar um bronzeado (ou uma queimadura, o que preferir). E assim vai.
De qualquer modo, a cidade é muito bonita. Eu diria que é uma "São Paulo europeizada", pois após um terremoto, Santiago foi reconstruída espelhada na cidade de Paris. Lá existem problemas como trânsito caótico e uma imensa gama de animas abandonados, principalmente de cachorros de grande porte. A cada 17 habitantes do Chile, existe 1 animal abandonado, problema que já alarma o governo chileno faz um tempo. Contudo, a cidade é extremamente arborizada e com muitos bancos, onde os chilenos sentam-se para papear e admirar a cidade, que é realmente admirável. A política chilena, de modo geral, é muito mais honesta do que a brasileira, tendo até mesmo alguns cargos político não remunerados. Os bombeiros também são voluntários. A capital chilena é muito mais segura do que as grandes cidades brasileiras, pois os policiais são bem pagos. Para fazer comprar, o Chile é ligeiramente mais barato do que o  Brasil, mas também não é um EUA.
Viajar para Santiago é um passeio mais para adultos, pois o forte da cidade são museus e city tour, além de vinícolas em cidades nas redondezas. Mas não deixa de ser muito interessante (:

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Quase um ano depois!

Ok, eu sei. Vai fazer quase um ano que eu não escrevo aqui. Eu sei que prometi escrever e tudo o mais, mas realmente esse ano foi sufocante. Felizmente, hoje foi o meu último vestibular. Fiz uma leitura dinâmica nos meus outros posts e fiquei pensando se aquela menina no começo de 2012 ficaria orgulhosa de mim agora. Eu sei que não faz tanto tempo assim e até parece ridículo comparar-se a apenas um ano atrás, mas é insano o quanto eu amadureci durante esse período  Não estou sendo presunçosa nem nada, acreditem: um ano de cursinho pode REALMENTE mudar a sua vida. Além de dar a importância devida para algo tão essencial quanto o estudo, fico feliz em dizer que fiz verdadeiros amigos, e aproximei-me de outros já queridos. Engraçado isso, porque é na hora das dificuldades que as pessoas procuram umas as outras. E não é por maldade ou interesse que isso acontece, acho que é um pouco por instinto de sobrevivência. Nós tendemos a nos aproximar de pessoas que estão passando por situações semelhantes às nossas. Mas enfim, agora eu posso dizer que estou oficialmente de férias (não posso considerar aquelas 3 semanas em Julho como férias, façam-me o favor, aquilo não passou de uma ilusão, pois foi seguida de um período muito mais conturbado). Acho que a minha ficha ainda não caiu. Férias? É sério isso? Não preciso ficar me martirizando por não estar estudando? Não, não preciso. Tudo o que estava ao meu alcance eu fiz, dei o meu melhor, estou com a consciência limpa. Talvez meus planos não se concretizem no final, fazer o que. Mas posso dormir tranquila (e a hora que eu quiser!), porque eu sei que não depende mais de mim agora.